Shihan Marcelo Azevedo

Shihan Marcelo Azevedo, nasceu em Bragança a 4 de Janeiro de 1952. Começou por treinar Judo e em Dezembro de 1970 iniciou a prática de karate na antiga Lourenço Marques, hoje Maputo, em Moçambique com o sensei Elmano Caleiro. Praticou karaté no Ginásio de Lourenço Marques e aquando do ingresso na vida militar no exército português em 1973, abriu centros de prática em Vila Pery e em Tete. Para além destas cidades fez também vários treinos e competições na Beira.

Conheceu o Soke Shigeru Kimura em Novembro de 1971 em Lourenço Marques, no seu primeiro estágio. Teve sempre uma boa relação com sensei Kimura, esteve várias semanas a treinar com ele em Johanesburg. Em Julho de 1975 foi para os Estados Unidos treinar com o Sensei Kimura durante 6 meses, onde foi graduado 1º Dan, regressando a Moçambique em Janeiro de 1976.

Fez vários estágios em Inglaterra e na Escócia com o Soke Shigeru Kimura e com outros karatekas Ingleses de grande prestígio na altura (Stan Knight e Roy Stanhope, entre outos). Nas duas viagens ao Japão, treinou com Sensei Tani e outos Mestres da sua organização e teve o privilégio de participar nos 50 anos da fundação do karate Shukokai.

No regresso a Portugal esteve ligado ao mestre Elmano e abriu várias escolas em Lisboa e arredores. Em 1978 reuniu esforços para a fundação da Associação Portuguesa de Karaté Shukokai, (A.P.K.S.) com várias escolas e outros instrutores e com o apoio do Sensei Shigeru Kimura. Em 1980 mudou-se para o Porto onde continuou o desenvolvimento da APKS na região norte e centro, cidade onde reside atualmente.

A Associação Portuguesa de Karate Shukokai (A.P.K.S.) organizou o primeiro campeonato do mundo Shukokai em 1983 no Porto, em 1993 organizou um campeonato da Europa em Mortágua e em 2010 outro campeonato do mundo, desde essa altura a Associação tem participado em todos os campeonatos do Mundo e da Europa. Como competidor foi o primeiro campeão de Moçambique e ganhou várias competições em Portugal, (há data ainda não havia ainda campeonatos nacionais) na altura os árbitros ainda arbitravam de kimono, competiu em dois campeonatos do mundo.

Sobre o presente refere:

“De uma maneira geral o karate tem evoluído de uma forma positiva, as novas gerações e os mestres mais novos têm conhecimentos que não havia há 30 anos, principalmente na componente desportiva há uma abertura e uma desmistificação muito maior agora.” “Para o futuro gostaria sobretudo que não se perdesse a componente marcial do karaté, pois em minha opinião perde-se a essência e o espírito do karaté.” “Em relação ao Shukokai para não ser muito ambicioso! Gostaria que fizéssemos da nossa Associação a maior de Portugal.”